Num mercado cada vez mais competitivo onde os clientes estão dotados de ferramentas, oferecer reais vantagens é o que projetará seu e-commerce entre os melhores.
Conceito surgido nos Estados Unidos, a Black Friday é uma das datas comerciais mais importantes do calendário comercial americano. Trata-se de um período que aquece o mercado a partir do fim de novembro já mirando nas vendas de fim de ano. No Brasil, a Black Friday começou em 2010 e é majoritariamente online. Foi se firmando ano a ano e hoje já é uma das datas comerciais mais importantes do país. A edição desse ano acontece na sexta-feira, 23 de novembro.
Apesar de sua importância, a Black Friday nacional ainda é vista com receio por parte do público. Dados do E-bit divulgados durante o Seller Day (evento preparatório para a Black Friday 2018) apontam que cerca de 35% dos consumidores não acreditam nos descontos da data. E o medo dessa parcela do público não é totalmente infundado: muitos e-commerce parecem não entender a real importância da Black Friday e subestimam a inteligência do consumidor, oferecendo descontos fantasiosos ou produtos baratos mas que ninguém quer comprar. Está aí um dos maiores erros do comércio eletrônico e que precisa urgentemente ser trabalhado.
O consumidor moderno está mais inteligente e dotado de ferramentas do que nunca. Diversos sites como o Zoom e o Buscapé, por exemplo (veja infográfico), criaram mecanismos para que as pessoas comparem preços de produtos antes e durante a Black Friday. É por isso que não adianta mais apenas tentar criar artifícios para iludir o cliente. É necessário oferecer vantagens reais na ele, pois o mesmo saberá quando estiverem tentando enganá-lo, assim como irá reconhecer e valorizar a empresa que o valoriza. Entender que a Black Friday é uma grande vitrine de oportunidades – não só a curto prazo – e aproveitar essa chance para atrair e conquistar clientes oferecendo uma experiência de compra positiva é o que projetará uma empresa e-commerce rumo ao topo.
Além de oferecer vantagens reais e preços não maquiados, criar uma experiência positiva de compra tanto durante a Black Friday quanto após ela envolve prestar atenção a alguns detalhes técnicos: o site precisa ser simples e funcional além de suportar o já esperado alto fluxo de usuários durante a data. Além disso, o cliente precisa encontrar o que precisa com facilidade e finalizar a compra com agilidade. Vale uma regra de ouro: quanto menos burocracia no processo de compra, mais chances de o cliente gostar do site e voltar.
É importante se atentar também ao crescimento do comércio via mobile. Segundo dados divulgados pelo Ebit/Nielsen, um terço das transações realizadas no Brasil no primeiro semestre foram feitas via celular, o que representa um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Outro dado interessante: de acordo com o Grupo Fulllab, as compras via aplicativo também apresentaram um salto em 2018 e mais que dobraram em relação ao mesmo período de 2017. São informações que levam as empresas de e-commerce a avaliarem se não vale a pena criar seu próprio app para atuar em conjunto com o site. Ao que tudo indica, é tendência para o futuro.
O mundo avança a passos largos, experimentando novas tecnologias e revendo antigas maneiras de fazer as coisas, visando sempre melhorias constantes. Neste cenário, o marketing eletrônico não fica para trás. Se antes a intenção da área era simplesmente ajudar a realizar vendas, o novo marketing prega algo muito além disso: criação de valores entre empresa e público. Quando o cliente passa a confiar na empresa e consegue realizar suas compras sem empecilhos, ele colocará a mesma entre suas prioridades de pesquisa sempre que precisar comprar. Esse ciclo pode até começar na Black Friday, mas não precisa terminar após ela. Criar laços com o consumidor é um trabalho diário, ao longo do ano inteiro. As empresas que entendem as oportunidades que esses conceitos representam ganharão enorme vantagem competitiva num mercado cada vez mais acirrado.